METALIZAÇÃO DE PLÁSTICOS
Hoje os materiais plásticos são muito utilizados e possuem ampla faixa de aplicação, porém nem todos sofrem processo de metalização. Porque os plásticos são metalizados? Há muitas razões para se metalizar os plásticos.
Do ponto de vista econômico, pode-se escolher materiais plásticos como ABS para substituir uma peça metálica com a vantagem de reduzir o peso e o custo de energia associado com as diversas fases da formação do metal e polimento mecânico das peças, bem como o custo de transporte. Adicional a isso, uma peça em ABS tem uma aparência naturalmente nivelada, desta maneira não é exigido um depósito muito espesso se comparado com uma peça de Zamak, onde a superfície porosa tem que ser combatida.
Por razões técnicas, revestimentos metálicos fornecem proteção para o polímero e oferecem adicional resistência mecânica, a corrosão, ao aquecimento, ao ultravioleta e aos solventes.
Adicionalmente, pode ser interessante fazer uso das propriedades isolantes dos termoplásticos e da condutividade dos diferentes revestimentos metálicos, sejam químicos ou eletrolíticos, para aplicações como em circuito impresso ou proteções eletrostáticas e eletromagnéticas.
A metalização de materiais plásticos tem funções estéticas, em áreas como decoração e perfumaria que podem receber acabamentos metálicos diversos. A aparência no cenário dos plásticos ainda é muito recente para substituir completamente os metais e a forte imagem associada a eles. Portanto é necessário realçar o plástico usando depósitos de ouro, cromo, prata, bronze, etc…
Finalmente, através do uso de polímeros, a metalização de materiais plásticos permite completa liberdade de forma, coloração, aparência e peso para diversas aplicações. Estes polímeros estão cada vez mais sendo introduzidos por todos os designers, inclusive no setor automotivo.
1 Linha de aplicação
A metalização de materiais plásticos é encontrada hoje em uma diversificada linha de aplicação, tais como:
Indústria Automotiva (insertos, puxadores, grades, maçanetas, etc), encanamento, perfumaria e cosméticos, indústria elétrica, artigos da moda, eletrodomésticos, lustres, acessórios de barco, moveleiro, óculos, relógios, etc.
Princípios da metalização química de plásticos
Nos anos 60, o desenvolvimento do novo plástico – ABS – liderou uma grande mudança. Hoje, o ABS é o copolímero mais amplamente usado na indústria de metalização de plástico como podemos ver na figura 2. Ele representa 50% da metalização de plástico tratado na Europa.
A metalização de polipropileno (PP) ou poliamida (PA) é muito mais recente sendo consequentemente menos industrializado.
A metalização química de um substrato não condutor consiste em depositar um filme metálico condutivo sobre ele, através da imersão em uma solução que contenha algum metal capaz de ser reduzido sobre a superfície do material. Para conseguir isto, diversos métodos têm sido desenvolvidos, sendo os mais difundidos:
– Metalização inicial por imersão em diferentes soluções, sem a aplicação de corrente externa (processos químicos).
– Deposição de fina camada de metal condutor por meio eletrolítico (processo de eletrodeposição)
Na primeira fase, a superfície de substrato plástico é consideravelmente aumentada pela criação de micro-poros. Estes poros servem como pontos de ancoragem para a deposição metálica criada na segunda fase. Desta forma é possível produzir um depósito metálico por meio químico (sem corrente elétrica). Uma película fina (0.2 – 0.5 µm) de níquel é depositada para tornar a superfície condutora. Esta camada condutora pode então ser reforçada pela eletrodeposição.
Plásticos são substratos não condutores e não são todos equivalentes em termos de metalização, nem todos os plásticos podem ser satisfatoriamente metalizados. O tipo de plástico mais “metalizável” é o copolímero Acrilonitrila-Butadieno-Estireno, conhecido como ABS (dispersão de nódulos de Butadieno no copolímero matriz Acrilonitrila-Estireno).
Fonte : Coventya
http://www.coventya.com/assets/Technical-Information/Functional/Portuguese/ptMetalizacaoem-Plastico.pdf
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