Cromação

CROMAÇÃO

A cromagem ou cromação é um processo de aplicação de cromo sobre um material, geralmente metálico, através de eletrodeposição (processo eletrolítico de revestimento de superfícies com metais) a fim de torná-lo mais resistente à corrosão, para alterar suas características elétricas ou apenas por motivos estéticos. Também é possível revestir peças de materiais não metálicos, como bijuterias e joias através de processos específicos.

A cromagem é apenas um dos tipos de tratamentos de superfície pelo qual pode passar um material e trata-se de um processo de galvanoplastia* assim como a zincagem, niquelação, prateação e outros (aplicação de zinco, níquel e prata, respectivamente).

Cromagem por imersão

A parte inicial do processo de cromagem por imersão (o processo mais tradicional) consiste na preparação da peça por meio de banhos químicos controlados (lavagens, desengraxes, decapagem e ativação) capazes de remover impurezas, metais de base desgastados ou simplesmente para preparo da peça em bruto.

As lavagens consecutivas são necessárias para remover os próprios produtos químicos usados no processo de decapagem, desengraxe, ativação e cromagem e, por isso, durante todo o tratamento tem-se uma grande geração de efluente líquido de elevada acidez e contendo metais.

O cromo 3+ (trivalente) e o cromo 6+ (hexavalente; também chamado de “cromo duro”) são as formas mais estáveis deste elemento e mais utilizadas para o processo de cromagem por imersão, assim como para produção de pigmentos, tintas, curtimento de couro e preservação de madeira. O cromo trivalente, a forma mais estável deste metal, é essencial ao metabolismo e está presente no organismo humano. A forma do cromo hexavalente, é uma forma extremamente poluente e cancerígena deste metal sendo que sua utilização é até proibida em alguns países. No entanto, sua utilização no Brasil ainda é permitida e, por isso, ele é ainda muito utilizado para o processo de cromagem exigindo grande investimento em tratamento de efluentes e medidas preventivas de acidentes.

No processo de cromagem a peça, após passar pelas etapas de lavagem, desengraxe químico, desengraxe eletrolítico, decapagem e ativação, vai para um tanque contendo água e o metal a ser depositado junto com aditivos (como, por exemplo, o ácido bórico) onde efetivamente ocorre a eletrodeposição do cromo. Depois, a peça passa por mais uma etapa de lavagem para remoção de resíduos. Algumas aplicações específicas requerem uma segunda etapa de cromagem para conferir maior resistência à peça.

Todo esse processo deve ser realizado com a supervisão de um químico responsável e de um técnico em galvanoplastia para garantir a qualidade do tratamento. O principal problema é realmente a geração de efluentes líquidos, gasosos (o processo é realizado a quente) e resíduos perigosos o que torna necessária a obtenção de licenças ambientais e o monitoramento constante.

Outros processos

Dependendo da aplicação e da peça o processo de revestimento com cromo pode ser realizado por: folheação por contato, metalização por contato (peças condutoras) e metalização por imersão (revestimento de peças não metálicas com cobre e depois cromo), ou spray com pistolas de ar comprimido (aplicação que imita o brilho do cromo inclusive para materiais não condutores – Spray-On). Destas, apenas a primeira técnica utiliza o metal verdadeiro. Nas outras são utilizadas substâncias que podem conter partículas de cromo ou algum material que imita algumas de suas características, porém, estes métodos não conferem a mesma resistência à peça que o tratamento com cromo verdadeiro.

É costume chamar de galvanoplastia qualquer processo de deposição de metais por eletrólise.

Para saber mais sobre utilização do cromo trivalente no processo de cromagem veja:

http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia/producao_limpa/casos/caso32.pdf)

Fontes:
http://www.interfacehs.sp.senac.br/br/artigos.asp
http://www.alquimiamoderna.com.br/cromo.html
http://www.stevesplating.com/chrome_plating.htm